terapia de glicerina paralas manos 有道翻译在线

Servi?os PersonalizadosArtigoIndicadoresCitado por SciELO Links relacionadosCompartilharvers?o impressa ISSN Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. vol.61 no.4 Belo Horizonte ago. 2009 http://dx.doi.org/10.-00009
MEDICINA VETERIN&ARIA
Compara&&o entre a t&cnica de substitui&&o do ligamento redondo por implante de fascia lata bubalina preservada em glicerina e o uso de pino transarticular na redu&&o e na estabiliza&&o da luxa&&o coxofemoral experimentalmente induzida em c&es
Comparation between the technique of substitution of the round ligamentum by glycerin-preserved bubaline fascia lata implant and the use of transarticular pin in the redution and stabilization of
experimentally induzed coxofemoral luxation in dogs
D.B. SiaI; C. GomesI; E.A. ContesiniI,; A.C. BothII; E.M. SouzaII; M.P. FerreiraI; H.M. GomesI; L.M. Colom&I; R.R. FerreiraI
IFaculdade de Veterin&ria - UFRGS Av. Bento Gon&alves, -000 - Porto Alegre, RS
IIM&dico veterin&rio aut&nomo
Compararam-se duas t&cnicas cir&rgicas de redu&&o e estabiliza&&o da articula&&o coxofemoral experimentalmente luxada em c&es. Dois grupos de animais, submetidos &s respectivas t&cnicas ap&s a indu&&o cir&rgica da luxa&&o, foram acompanhados cl&nica e radiograficamente por um per&odo de 60 dias, findos os quais, realizaram-se avalia&&es macrosc&pica e histol&gica e teste de tensiometria das articula&&es. Cada grupo foi constitu&do por oito animais, clinicamente sadios, com pesos entre 5 e 20kg. Os animais submetidos ao implante de f&scia apresentaram, ao exame f&sico, evolu&&o da deambula&&o significativamente precoce em rela&&o aos do grupo submetido ao implante de pino de Steinmann, al&m de menor grau de atrofia muscular. Os testes de tensiometria, as avalia&&es macrosc&picas e radiogr&ficas e os exames histol&gicos n&o diferiram entre os grupos, evidenciando tamb&m que ambas as t&cnicas n&o geraram altera&&es delet&rias & articula&&o operada. Conclui-se que a t&cnica de estabiliza&&o da articula&&o coxofemoral com implante de fascia lata foi clinicamente eficaz e vantajosa quando comparada & t&cnica do pino transarticular.
Palavras chave: c&o, articula&&o, membrana biol&gica, ortopedia
It was compared both surgical techniques of reduction and stabilization of experimentally luxated coxofemoral join in dog. Two groups were submitted to the techniques after surgical induction of the luxation. All animals were clinically and radiografically observed during 60 days. After that, a macroscopic study, an histological exam, and a tensiometry test in the articulations were performed. Each group had eight healthy animals, weighting from 5 to 20kg. The most important advantage was related to the deambulation, which the animals submited to the facia lata implant showed a faster evolution after the surgery at the physical exam, and muscular atrophy in a smaller degree. The tensiometry tests, the radiographic and the histological exams did not present important differences between both groups, but they were useful to show that the two techniques did not cause alterations in the studied articulation. It can be concluded that the stabilization of the coxofemoral articulation using bubaline fascia lata implant was clinically efficient and more advantageous compared to the transarticular pin technique.
Keywords: dog, joint, biological membrane, orthopedia
INTRODU&C&AO
As luxa&&es coxofemorais surgem principalmente ap&s traumatismo externo na pelve, sendo o tipo de luxa&&o mais comum em c&es, representando 90% das luxa&&es nesta esp&cie (Tomlinson, 1996; Meheust et al., 2001; Ozaydin et al., 2003). O ligamento redondo sempre est& rompido ou avulsionado nas luxa&&es coxofemorais, assim como a c&psula deve encontrar-se rasgada para que ocorra o deslocamento da cabe&a femoral (Denny e Butterworth, 2000; Rodaski et al., 2002).
A redu&&o da luxa&&o coxofemoral objetiva a estabiliza&&o da articula&&o para que ocorra reparo do tecido mole e recupera&&o funcional do membro (Piermattei e Flo, 1999). Inicialmente, faz-se redu&&o fechada e fixa&&o externa com bandagens, entretanto, nos casos em que h& grande les&o dos tecidos moles por longo per&odo de tempo, geralmente ocorre recidiva da luxa&&o da articula&&o, mesmo se bem-sucedida a redu&&o fechada. A recidiva pode alcan&ar 50% e at& 70% dos casos (Mehl, 1988; Mehenst et al., 2001; Ozaydin et al., 2003).
A redu&&o aberta & indicada principalmente em animais com recidiva da luxa&&o, em luxa&&es com complica&&es, como fraturas e avuls&o, ou quando a les&o ocorreu h& mais de cinco dias (Evers et al., 1997). As redu&&es abertas apresentam taxa de sucesso entre 73% e 100% (Hammer, 1980), sendo tamb&m indicadas para animais politraumatizados que necessitam retorno precoce da funcionalidade do membro (Meij et al., 1992).
Alguns m&todos t&m sido descritos para restabelecer a estabilidade coxofemoral conferida originalmente pelo ligamento redondo, pela c&psula articular e pelo tecido periarticular (Meij et al., 1992; Denny e Butterworth, 2000). Os procedimentos cir&rgicos podem ser divididos em extra-articulares e intra-articulares, sendo alguns desses a capsulorrafia, o fixador externo flex&vel, a transposi&&o do troc&nter maior, o pino em cavilha, a artroplastia acetabulofemoral com peric&rdio bovino, o loop pediculado de fascia lata e a pr&tese coxofemoral (Fossun, 1997; Johnston, 1999; Moya, 2001; Rodaski et al., 2002; Arias et al., 2004).
Os objetivos deste trabalho foram propor uma t&cnica alternativa de redu&&o de luxa&&o e estabiliza&&o da articula&&o coxofemoral em c&es, mediante substitui&&o do ligamento redondo por implante preservado em glicerina a 98% de fascia lata de b&falo e comparar sua efic&cia, utilizando a t&cnica do pino transarticular como referencial.
MATERIAL E MET&ODOS
Foram utilizados 16 c&es, sem ra&a definida, sem distin&&o de sexo, adultos, h&gidos, com pesos entre 5 e 20kg, distribu&dos em dois grupos de oito animais, de acordo com a t&cnica de estabiliza&&o empregada: grupo f&scia e grupo pino. Os animais foram submetidos ao exame cl&nico geral e & avalia&&o da articula&&o coxofemoral por meio de inspe&&o, palpa&&o e realiza&&o de exames espec&ficos como os sinais de Ortolani e de Barlow, o teste de Bardens e o teste da esta&&o b&pede ou Stand Test. Realizou-se tamb&m avalia&&o radiogr&fica da articula&&o coxofemoral com o paciente em posi&&o ventrodorsal com os membros estendidos e aduzidos, de modo que os joelhos ficassem totalmente estendidos, paralelos entre si e & coluna vertebral, e as patelas centralizadas, e mensurou-se o &ngulo de Norberg. Os c&es que apresentaram algum tipo de anormalidade nas avalia&&es pr&-operat&rias n&o foram inclu&dos no experimento. Os animais selecionados foram alojados, ap&s vermifuga&&o e vacina&&o, em um canil, onde foram mantidos at& o final do experimento com alimenta&&o & base de ra&&o industrial balanceada e &gua & vontade.
Foi utilizada como medica&&o pr&-anest&sica a associa&&o de maleato de acepromazina (0,1mg.kg-1) e cloridrato de petidina (3,5mg.kg-1), administrados concomitantemente por via intramuscular. A indu&&o anest&sica foi realizada com propofol (4mg.kg-1 IV) 20 minutos ap&s. Ao atingir o est&gio III de Guedel, procedeu-se & intuba&&o orotraqueal para manuten&&o da anestesia com halotano em 100% de oxig&nio, em circuito semifechado. Em associa&&o & anestesia inalat&ria, promoveu-se a anestesia epidural lombossacral (L7-S1) com cloridrato de lidoca&na 2% (2mg.kg-1) com bupivaca&na 0,5% (0,5mg.kg-1).
Realizou-se tricotomia ampla, que se estendeu da 13? costela at& a tuberosidade isqui&tica e da regi&o dos processos espinhosos, dorsalmente, at& o ter&o distal da t&bia.
Os procedimentos foram sempre efetuados no membro posterior direito. A abordagem cir&rgica foi realizada mediante incis&o craniolateral e tenotomia dos m&sculos gl&teos de acordo com Piermattei e Greeley (1988), a partir da t&cnica de Brown. A c&psula articular e o m&sculo capsular foram incisados na linha m&dia, entre a borda acetabu o ligamento redondo foi seccionado com tesoura de Metzembaun para promover a luxa&&o da articula&&o. Com a cabe&a femoral e acet&bulo luxados e devidamente expostos, iniciaram-se os procedimentos de redu&&o e estabiliza&&o cir&rgicas propostos no experimento.
Para a estabiliza&&o por meio da substitui&&o do ligamento redondo por implante de fascia lata de b&falo, confeccionou-se um t&nel da fovea capitis at& o troc&nter maior com uma broca e furadeira el&trica (e ). Um outro t&nel de mesmo di&metro foi feito na fossa acetabular ( e ). O di&metro das brocas variou de acordo com o peso do animal, conforme Moya (2001).
Dobrou-se uma das extremidades de um fio de Kirschner (1mm) para formar uma al&a para fixa&&o e posicion&-lo no interior do t&nel femoral, de forma que entrasse pela fovea capitis e emergisse no troc&nter maior. Fixou-se, ent&o, o implante de fascia lata & al&a do fio de Kirschner com um fio de monon&ilon 2-0 e ponto simples isolado. A seguir, o fio de Kirschner foi tracionado at& o implante emergir pela fovea capitis ( e ). Outro fio de n&ilon foi fixado a um fio de Kirschner moldado em forma de gancho, o qual foi introduzido pelo t&nel acetabular ( e ), direcionado no sentido de margear a face p&lvica at& emergir na borda dorsal do acet&bulo e ser posteriormente retirado, deixando apenas o fio de n&ilon, ao qual foi presa a extremidade do retalho, que emergiu por meio da fovea capitis.
O retalho foi, em seguida, tracionado pelo fio de n&ilon de modo que passasse pela borda dorsal do acet&bulo ( e ). As extremidades do retalho foram tracionadas e fixadas conjuntamente no troc&nter maior com fio de n&ilon 2-0 ou 0, de acordo com o peso do animal, com pontos de Sultan ( e ). Suturaramse os m&sculos gl&teos &s suas inser&&es, empregando pontos interrompidos de Sultan e fio de n&ilon 2-0. O m&sculo tensor da fascia lata e a pr&pria fascia lata foram devidamente reaproximados com sutura cont&nua simples e fio poliglactina 2-0. A redu&&o de espa&o morto foi realizada com sutura cont&nua simples e poliglactina 2-0, e a pele foi suturada com pontos simples isolados e fio de n&ilon 3-0.
Para a estabiliza&&o mediante coloca&&o de pino de Steinmann transarticular, realizaram-se o mesmo procedimento anest&sico e a mesma abordagem cir&rgica descrita anteriormente, por&m a estabiliza&&o foi conferida pela introdu&&o de um pino de Steinmann a partir do troc&nter maior em dire&&o & fovea capitis, com uma parafusadeira el&trica, e redu&&o da luxa&&o com penetra&&o do pino pela fossa acetabular at& cerca de 3 a 7mm no interior da pelve ( e ). O di&metro dos pinos foi escolhido de acordo com o peso dos animais e tamanho da cabe&a femoral, seguindo as recomenda&&es de Hunt e Henry (1985). A s&ntese seguiu o relato anterior.
Ap&s 21 dias, os animais do grupo que utilizou o pino transarticular foram submetidos & nova cirurgia para retirada dos pinos. O procedimento ocorreu sob o mesmo protocolo anest&sico, com exce&&o da anestesia epidural. Realizaram-se incis&o da pele de 1cm sobre o pino, divuls&o do subcut&neo at& a sua visualiza&&o e apreens&o e extra&&o com alicate de press&o. A pele foi suturada com n&ilon 3-0, ponto simples isolado.
No p&s-operat&rio, os animais receberam meloxicam 0,2mg.kg-1 por via oral, a cada 24 horas, durante cinco dias, enrofloxacina 5mg.kg-1, a cada 12 horas, por via oral durante sete dias, e tramadol 2mg.kg-1, a cada oito horas, por via intramuscular durante dois dias. Permaneceram alojados no canil, em gaiolas individuais de 1m2, durante os sete primeiros dias de p&s-operat&rio, e em conv&vio com outros c&es do projeto, acomodados em um canil com 8m2.
Os animais foram submetidos a exame cl&nico espec&fico das articula&&es coxofemorais, com realiza&&o de inspe&&o e palpa&&o para se observar a movimenta&&o das articula&&es, com periodicidade semanal. Mensurou-se o per&metro dos membros afetados e contralaterais de todos os animais com fita m&trica colocada na regi&o de ter&o m&dio do f&mur, no primeiro e no 60? dia, para avalia&&o da atrofia muscular. Diariamente, desde o primeiro dia ap&s a cirurgia e at& 60 dias, realizou-se avalia&&o deambulat&ria, por inspe&&o, baseada na tabela de claudica&&o de Tudury e Raiser (1985). Foram realizadas radiografias com incid&ncia ventrodorsal das articula&&es coxofemorais de todos os c&es no p&s-operat&rio imediato, no 21? dia e no 60? dia de p&s-operat&rio, para avalia&&o de a congru&ncia articular e da presen&a de enfermidade articular degenerativa ou outras altera&&es. Aos 60 dias, os animais foram sacrificados utilizando-se tiopental s&dico na dose de 40mg.kg-1 por via endovenosa e posterior administra&&o de sulfato de magn&sio dilu&do em &gua na propor&&o 1:10, por via endovenosa, at& a completa parada cardiorrespirat&ria.
No exame post mortem, fez-se avalia&&o direta da congru&ncia da articula&&o, da mobilidade, das altera&&es degenerativas, da forma&&o de fibroses e oste&fitos e do implante. As articula&&es foram avaliadas por microscopia &ptica, de acordo com o respectivo grupo. Foram examinados a parte do acet&bulo associada aos implantes, a cabe&a e o colo do f&mur, com os trajetos intra&sseos. A descalcifica&&o foi realizada pelo M&todo de Cajal, utilizando-se &cido n&trico a 3%. Os fragmentos &sseos, ap&s descalcificados, assim como a c&psula articular, foram submetidos aos procedimentos de rotina histol&gica, corados pelos m&todos da hematoxilina-eosina e tricr&mico de Masson, e examinados por microscopia &ptica.
A resist&ncia & tra&&o foi testada com m&quina universal de ensaios mec&nicos com c&lula de carga de 50kgf, na Faculdade de Engenharia Mec&nica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com o objetivo de avaliar a capacidade m&xima de tens&o de cada articula&&o antes de sua ruptura, quando submetida a estresse intenso de tra&&o. Para realiza&&o dos testes, foram coletados tr&s pares de articula&&es de cada grupo, que foram descartadas para o exame macrosc&pico direto. Cada par da articula&&o correspondeu a um animal, membro operado e membro contralateral. A coleta foi realizada por osteotomia com ost&tomo no ter&o m&dio da di&fise femoral, no &leo (caudal ao sacro) e na s&nfise p&bica. A musculatura foi removida por dissec&&o com pin&a anat&mica e bisturi 4 com l&mina n? 24. Foram realizados tr&s orif&cios adjacentes & articula&&o para fixa&&o de fitas pl&sticas - um posicionado no troc&nter maior, em sentido craniocaudal, e os outros dois posicionados cranial e caudal ao acet&bulo, em sentido lateromedial. As fitas pl&sticas funcionaram como pontos de fixa&&o entre a articula&&o e o tensi&metro (). Ap&s a fixa&&o na m&quina, iniciava-se a tra&&o em sentido longitudinal at& que houvesse a ruptura da c&psula articular e do ligamento redondo, sendo registrado o valor m&ximo necess&rio para a ruptura total.
Utilizou-se an&lise de vari&ncia m&ltipla complementada pelo teste Tukey de compara&&es m&ltiplas e n&vel de signific&ncia de 5% para as vari&veis deambula&&o e atrofia muscular. Para os resultados da tensiometria, utilizou-se o teste t para amostras pareadas com P= 0,558.
RESULTADOS E DISCUSS&AO
Os animais do grupo f&scia apresentaram evolu&&o da deambula&&o e uso funcional do membro operado em tempo significativamente menor (P&0,05) que os animais do grupo pino. O tempo m&dio que cada grupo levou para atingir os diferentes graus de claudica&&o encontra-se na .
A atrofia muscular observada ao final dos 60 dias foi significativamente menor (P&0,05) no grupo f&scia quando comparada & atrofia apresentada pelo grupo pino. A
representa as diferen&as m&dias de atrofia muscular dos dois grupos.
&A palpa&&o, a t&cnica do pino transarticular evidenciou movimenta&&o restrita, principalmente quanto & adu&&o, abdu&&o e rota&&o da articula&&o coxofemoral, at& o momento de retirada do pino. A t&cnica de substitui&&o do ligamento resultou em movimenta&&o fisiol&gica articular.
Nas avalia&&es radiogr&ficas peri&dicas, foi observada altera&&o apenas em um c&o do grupo pino, no qual se visualizou forma&&o de imagem semelhante a calo &sseo na face p&lvica do acet&bulo, referente ao ponto de perfura&&o do pino de Steinmann. Nos demais c&es, observaram-se congru&ncia articular preservada, aus&ncia de sinais radiogr&ficos sugestivos de doen&a articular degenerativa e regi&o do t&nel femoral com radiolusc&ncia aumentada em rela&&o ao f&mur.
O exame macrosc&pico das articula&&es operadas n&o apresentou altera&&es quanto & observa&&o da congru&ncia articular e integridade das superf&cies articulares. Nos c&es submetidos & t&cnica de substitui&&o do ligamento, observouse a presen&a de estrutura fibrosa, semelhante ao implante, &ntegra em 90% das articula&&es operadas. O local da incis&o capsular revelou-se espessado devido & prolifera&&o fibrosa cicatricial, em ambos os grupos, n&o sendo observadas outras altera&&es na c&psula articular. Foi constatada altera&&o macrosc&pica apenas no c&o que apresentou altera&&o radiogr&fica. Nele observou-se prolifera&&o &ssea circundando o t&nel acetabular na face p&lvica do acet&bulo direito.
O exame histol&gico das articula&&es do grupo f&scia evidenciou prolifera&&o de tecido conjuntivo abundante com neovasculariza&&o e &reas com forma&&o de peri&steo perif&rico &s perfura&&es. Nas articula&&es do grupo pino, visualizaram-se &rea c&stica, correspondendo & regi&o do pino previamente retirado, e acentuada prolifera&&o de tecido conjuntivo, com neovasculariza&&o, e &reas com neoforma&&o de cartilagem, sugerindo calo &sseo e peri&steo evidente.
A compara&&o dos valores m&ximos, em quilogramas necess&rios para que houvesse a ruptura total da c&psula articular e do ligamento ou implante, mostrou n&o haver diferen&a significativa na tensiometria dos membros operados e contralaterais. Os resultados da tensiometria tamb&m indicaram que ambas as t&cnicas conferiram resist&ncia & tra&&o nas articula&&es que sofreram o procedimento cir&rgico, igual & dos membros n&o-operados.
A utiliza&&o de fascia lata bubalina como implante n&o apresenta relato anterior em literatura consultada, todavia sua escolha teve base em experimentos que utilizaram, com sucesso, fascia lata aut&loga para reparos ortop&dicos em c&es (Bergamo et al., 2000; Silva et al., 2000; Moya, 2001; Brand&o et al., 2002) e tamb&m em estudos que utilizaram peric&rdio bovino conservado em glicerina 98% para estabiliza&&o da articula&&o coxofemoral. Apesar dos relatos de sucesso da utiliza&&o de fascia lata autol&ga, optou-se pelo uso de membrana biol&gica conservada, pois a obten&&o do enxerto aut&geno culmina em maior trauma cir&rgico e potenciais cicatrizes, que comprometem a est&tica da cirurgia, al&m de resultar em um maior tempo anest&sico, representando maior risco ao animal (Rodaski et al., 2002).
A glicerina 98% foi escolhida como meio de conserva&&o, pois apresenta propriedades antiss&pticas e r&pida a&&o desidratante e fixadora, mantendo a textura original dos tecidos por ela conservados, al&m de possuir efeito redutor sobre a antigenicidade (Alvarenga, 1992; Rabelo, 2004). Rabelo (2004) n&o verificou diferen&a significativa no ponto de ruptura dos centros tend&neos diafragm&ticos de bovinos conservados em glicerina 98% por 30 dias e nos in natura, indicando n&o haver altera&&es significativas nas caracter&sticas f&sicas do material conservado.
A t&cnica de substitui&&o do ligamento redondo proposta neste trabalho foi adequada para conferir congru&ncia e manuten&&o da estabilidade articular, como observado por Moya (2001) na substitui&&o do ligamento redondo por fascia lata aut&loga. Neste estudo, n&o se associou a repara&&o da c&psula articular obtida por meio de pontos de sutura, conforme preconizado por Lubbe e Verstraete (1990), nem pela fixa&&o da fascia lata na regi&o craniodorsal da c&psula articular com pontos simples isolados, de acordo com Zaslow e Hanson (1975), nem a partir da associa&&o das duas t&cnicas, segundo Moya (2001). Pode-se afirmar, portanto, que a congru&ncia e a estabilidade articular foram conferidas, inicialmente, apenas pelo implante heter&logo. Segundo Piermattei e Flo (1999),
o ligamento redondo substitu&do deve ser mantido por tempo suficiente para permitir o reparo da c&psula articular e cicatriza&&o dos tecidos moles adjacentes. Al&m de manter a congru&ncia e a estabilidade da articula&&o, a t&cnica tamb&m permitiu o apoio imediato e o uso funcional precoce do membro acometido, assim como relataram Manley (1993) e Moya (2001). O apoio imediato ap&s substitui&&o do ligamento redondo tamb&m foi observado por H&im et al. (2006). O uso funcional do membro ocorreu mais rapidamente neste experimento quando comparado aos resultados obtidos por Lubbe e Verstraete (1990), Rodaski et al. (2002) e H&im et al. (2006).
A t&cnica do pino transarticular revelou-se eficaz na redu&&o e na estabiliza&&o das luxa&&es, sendo os resultados semelhantes aos encontrados por Andrioli (2000), quanto & aus&ncia de recidiva. A remo&&o do pino no 21? dia seguiu o preconizado por Hunt e Henry (1985) para redu&&o de luxa&&o coxofemoral em animais displ&sicos, e foi adotada por revelar-se, em tese, mais segura, permitindo maior tempo de estabilidade articular e, consequentemente, melhor consolida&&o da cicatriza&&o capsular e dos tecidos periarticulares.
Histologicamente, as articula&&es do grupo pino apresentaram aspectos de rea&&o inflamat&ria semelhantes aos do grupo f&scia, por&m, visualizaram-se tamb&m &reas com neoforma&&o de cartilagem, sugerindo a forma&&o de calo &sseo, o que provavelmente ocorreu pelo trauma constante causado pela fixa&&o r&gida do pino de Steinmann. Segundo Meij et al. (1992), a perman&ncia do pino tamb&m pode levar a outras altera&&es como a osteoartrose.
Os grupos pino e f&scia apresentaram resultados semelhantes no sentido de confirmar ser a c&psula articular o elemento que d& estabilidade prim&ria & articula&&o coxofemoral, conforme descrito por Trostel et al. (2000), at& porque nos animais do grupo pino n&o havia ligamento para refor&ar tal resist&ncia. Al&m disso, & importante ressaltar que em todos os testes de tensiometria, a medida maior em quilogramas era atingida no ponto de ruptura da c&psula, n&o representando a ruptura do ligamento ou da f&scia, em qualquer momento, uma medida superior & necess&ria para a ruptura capsular. A observa&&o de Goelzer (2001) de que tanto a c&psula como o ligamento redondo s&o estruturas bastante resistentes foi confirmada neste estudo, mas comprovou-se ser a c&psula articular a mais resistente das duas estruturas. Constatou-se tamb&m que, apesar do espessamento capsular das articula&&es operadas, tal fato n&o implicou aumento significativo da resist&ncia.
CONCLUS&OES
Ambas as t&cnicas s&o eficazes para estabilizar a articula&&o coxofemoral ap&s redu&&o da luxa&&o, permitindo o retorno ao uso funcional do membro acometido. A t&cnica de substitui&&o do ligamento redondo por fascia lata de b&falo resultou na evolu&&o mais r&pida da deambula&&o, menor atrofia muscular, com amplitude de movimentos articulares id&ntica ao fisiol&gico, e a n&o necessidade de uma segunda interven&&o cir&rgica. Microscopicamente, a t&cnica do pino transarticular apresentou rea&&es mais evidentes que a t&cnica de substitui&&o do ligamento redondo.
REFER&ENCIAS BIBLIOGR&AFICAS
ALVARENGA, J. Possibilidades e limita&&es da utiliza&&o de membranas biol&gicas preservadas em cirurgia. In: DALECK, C.R. (Ed). T&picos em cirurgia de c&es e gatos. Jaboticabal: FUNEP - UNESP, 1992. p.33-39.
&&&&&&&&[  ]
ANDRIOLI, L.G. Luxa&&es coxofemorais traum&ticas: an&lise da t&cnica de fixa&&o transarticular e dos aspectos relacionados ao di&metro ideal do pino. 2000. 38f. Disserta&&o (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria.
&&&&&&&&[  ]
ARIAS, S.A.; REZENDE, C.M.F.; ALVAREZ, A. et al. Pr&tese coxofemoral em c&es: relato de dois casos. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.56, p.618-622, 2004.
&&&&&&&&[  ]
BERGAMO, F.M.M.; IAMAGUTI, P.; BIASI, F. Acetabuloplastia e reconstitui&&o do ligamento da cabe&a do f&mur com autoenxerto de fascia lata para o tratamento da displasia coxofemoral - Estudo experimental em c&es. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIRURGIA E ANESTESIOLOGIA VETERIN&ARIA, 4., 2000, Goi&nia. Anais... Goi&nia: Editora da UFG, 2000. p.61. (Resumo).
&&&&&&&&[  ]
BRAND&AO, C.V.S.; IAMAGUTI, P.; FIGUEIREDO, L.M.A. Substitui&&o do ligamento da cabe&a do f&mur com auto-enxerto de fascia lata na luxa&&o coxofemoral em c&es. Cienc. Rural, v.32, p.275-280, 2002.
&&&&&&&&[  ]
DENNY, H.R.; BUTTERWORTH, S. A Guide to canine and feline orthopaedic surgery. 4.ed. Oxford: Blackwell Science, 2000. p.445-467.
&&&&&&&&[  ]
EVERS, P.; JOHNSTON, G.R.; WALLACE, L.J. et al. Long-term results of treatment of traumatic coxofemoral joint dislocation in dogs: 64 cases. J. Am. Vet. Med. Assoc., v.210, p..
&&&&&&&&[  ]
FOSSUM, T.W. Management of joint disease. In: ______. Small animal surgery. St. Louis: Mosby, 1997. p.943-957.
&&&&&&&&[  ]
GOELZER, L.P. Estabiliza&&o coxofemoral extra-articular ap&s redu&&o de luxa&&o craniodorsal em c&es. 2001. 17f. Trabalho apresentado como requisito parcial para aprova&&o na Disciplina Semin&rios em Cirurgia - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria.
&&&&&&&&[  ]
HAMMER, D.L. Recurrent coxofemoral luxation in fifteen dogs and one cat. J. Am. Vet. Med. Assoc., v.177, p., 1980.
&&&&&&&&[  ]
H&OIM, R.; ANDRIANOV, V.; LENZNER, A. Use of the modified toggle pin technique for management of coxofemoral luxation in dogs: a review of literature and a report of two cases. Dispon&vel em: &&. Acessado em: 03 jan. 2006.
&&&&&&&&[  ]
HUNT, C.A.; HENRY, W.B. Transarticular pinning for repair of hip dislocation in the dog. A restropective study of 40 cases. J. Am. Vet. Med. Assoc., v.187, p.828-833, 1985.
&&&&&&&&[  ]
JOHNSTON, S.A. Articula&&es. In: HARARI, J. Cirurgia de pequenos animais. Porto Alegre: Artmed, 1999. p.287-312.
&&&&&&&&[  ]
LUBBE, A.M.; VERSTRAETE, F.J.M. fascia lata loop stabilisation of the coxofemoral joint in the dog and cat. J. Small Anim. Pract., v.31, p.234-238, 1990.
&&&&&&&&[  ]
MANLEY, P.A. The hip joint. In: SLATTER, D.H. Textbook of small animal surgery. 2.ed. Philadelphia: Saunders, 1993. v.2, p..
&&&&&&&&[  ]
MEHL, N.B. A new method of surgical treatment of the hip dislocation in dogs and cats. J. Small Anim. Pract., v.29, p.789-795, 1988.
&&&&&&&&[  ]
MEHEUST, P.; BOURGERON, A.; LEGEARD, F. Stabilizing traumatic coxofemoral dislocations using the Meij-Hazewinkel-Nap modified technique: a retrospective study of 64 cases. Eur. J. Comp. Anim. Pract., v.11, p.147-156, 2001.
&&&&&&&&[  ]
MEIJ, B.P.; HAZEWINKEL, H.A.W.; NAP, C.R. Results of extra-articular stabilisation following open reduction of coxofemoral luxation in dogs and cats. J. Small Anim. Pract., v.33, p.320-326, 1992.
&&&&&&&&[  ]
MOYA, L.E.G. Substitui&&o do ligamento redondo femoral por "loop" pediculado de fascia lata em c&es. 2001. 44f. Disserta&&o (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria.
&&&&&&&&[  ]
OZAYDIN, I.; KILI&C, E.; BARAN, V. et al. Reduction and stabilization of hip luxation by the transposition of the ligamentum sacrotuberale in dogs: an in vivo study. Vet. Surg., v.32, p.46-51, 2003.
&&&&&&&&[  ]
PIERMATTEI, D.L.; GREELEY, R.G. Atlas de abordagens cir&rgicas aos ossos do c&o e do gato. 2.ed. S&o Paulo: Manole, 1988. p.263-272.
&&&&&&&&[  ]
PIERMATTEI, D.L.; FLO, G.L. Manual de ortopedia e tratamento das fraturas dos pequenos animais. S&o Paulo: Manole, 1999. p.496-513.
&&&&&&&&[  ]
RABELO, R.E. Caracter&sticas f&sicas e microbiol&gicas do centro tend&neo diafragm&tico bovino conservado em glicerina a 98% e no glutaralde&do a 4%. Cienc. Anim. Bras., v.5, p.229-238, 2004.
&&&&&&&&[  ]
RODASKI, S.; CUNHA, O.; DE NARDI, A.B. et al. Coxofemoral arthroplasty in dogs with conserved bovine pericardium in glycerin 98%. Arch. Vet. Sci., v.7, p.179-187, 2002.
&&&&&&&&[  ]
SILVA, A.M.; DEL CARLO, R.J.; FONSECA, C.C. et al. Aspectos macro e microsc&picos da fascia lata utilizada como substituto aut&geno do ligamento cruzado cranial. Cienc. Rural, v.30, p.275-280, 2000.
&&&&&&&&[  ]
TOMLINSON, J.L. Redu&&o das luxa&&es coxofemorais. In: BOJRAB, M.J. T&cnicas atuais de cirurgia de pequenos animais. 3.ed. S&o Paulo: Roca, 1996. p.622-691.
&&&&&&&&[  ]
TROSTEL, C.T.; PECK, J.N.; DEHAAN, J.J. Spontaneous bilateral coxofemoral luxation in four dogs. J. Am. Anim. Hosp. Assoc., v.36, p.268-276, 2000.
&&&&&&&&[  ]
TUDURY, E.A.; RAISER, A.G. Redu&&o de fraturas distais de f&mur de c&es empregando dois pinos de Steinmann em substitui&&o aos de Rush. Cienc. Rural, v.15, p.141-155, 1985.
&&&&&&&&[  ]
ZASLOW, I.M.; HANSON, P. Transplantation of the fascia lata repair dorsal capsular tears to the hip joint after traumatic dislocation. Vet. Med. Small Anim. Clin., v.70, p.69-71, 1975.
&&&&&&&&[  ]
Recebido em 26 de maio de 2008
Aceito em 6 de abril de 2009
Autor para correspond&ncia (corresponding author)
EMIC, modelo DL 10.000 - S&o Jos& dos Pinhais, Brasil.}

我要回帖

更多关于 英语在线翻译 的文章

更多推荐

版权声明:文章内容来源于网络,版权归原作者所有,如有侵权请点击这里与我们联系,我们将及时删除。

点击添加站长微信