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Servi?os PersonalizadosArtigoIndicadoresLinks relacionadosCompartilharvers?o On-line ISSN R. Bras. Zootec. v.33 n.3 Vi?osa maio/jun. 2004 http://dx.doi.org/10.-00015
PRODU&C&AO
do estresse clim&tico sobre os par&metros produtivos e fisiol&gicos
de ovinos Santa In&s mantidos em confinamento na regi&o litor&nea
do Nordeste do Brasil
of environmental stress on physiological parameters of feedlot sheep in the
Northeast of Brazil
Neuman Miranda NeivaI; Maur&cio TeixeiraII; Silvia
Helena Nogueira TurcoIII; S&nia Maria Pinheiro de OliveiraIV;
Arlindo de Alencar Araripe Noronha MouraIV
IZootecnista,
Dr, Professor do Depto. de Zootecnia da Universidade Federal do Cear&,
Caixa Postal 12168, CEP: , Fortaleza-CE. E.mail:
IIEngenheiro-Agr&nomo,
MS, Banco do Nordeste, Bolsista da FUNCAP. E.mail:
IIIEngenheira
Agr&cola, Dr, Professora da Universidade Estadual da Bahia. E.mail:
IVEngenheiro-Agr&nomo,
Dr, Professor da Universidade Federal do Cear&. E.mail:
O presente estudo
foi conduzido objetivando-se avaliar a influ&ncia do estresse clim&tico
sobre o desempenho produtivo e as respostas fisiol&gicas de ovinos da
ra&a Santa In&s em confinamento. Foram avaliados dois ambientes
(sombra e sol) e duas dietas com duas rela&&es volumoso:concentrado
(70C:30V: 70% de concentrado e 30% 30C:70V: 30% de concentrado
e 70% de volumoso). Os animais mantidos & sombra e alimentados com dieta
contendo alto teor de concentrado (70C:30V) apresentaram maior consumo de mat&ria
seca (1258 g/animal/dia) e de prote&na bruta (0,8% do peso vivo [PV]
e 18 g/PV0,75) e maior ganho de peso (247 g/animal/dia). A temperatura
nos ambientes de sol e sombra durante a tarde foi de 32,1 e 30,6oC
e os valores do &ndice de temperatura e umidade (ITU), 82,3 e 81,1, respectivamente.
Os animais alimentados com alto teor de concentrado (70C:30V) apresentaram maior
freq&&ncia respirat&ria (FR), tanto & sombra quanto
ao sol (87 e 71 mov/min, respectivamente). Durante a tarde, a temperatura retal
(TR) dos animais foi maior (39,1oC) que pela manh& (38,9oC).
Por&m, a TR mais elevada (39,3oC) foi observada nos animais
mantidos & sombra e alimentados com alto percentual de concentrado (70C:30V).
Independentemente do ambiente, os animais alimentados com alto teor de concentrado
(70C:30V) apresentaram maior TR (39,2oC) do que aqueles alimentados
com reduzido teor de concentrado (30C:70V) (38,8oC). O tipo de dieta
teve efeito sobre a susceptibilidade dos animais ao estresse causado pelas condi&&es
ambientais cr&ticas durante o experimento. Os animais da ra&a
Santa In&s mostraram-se sens&veis ao estresse ambiental, uma vez
que apresentaram menor desempenho produtivo, quando expostos a condi&&es
de aus&ncia de sombra.
Palavras-chave:
ambiente, cordeiros, desempenho, estresse t&rmico
A study was conducted
to determine the effect of environmental stress on physiological criteria of
feedlot sheep. Treatments consisted of two different housing conditions (shade
and no shade) and two levels of concentrate in the diet: high concentrate (70%
of concentrate and 30% of roughage-70C:30R); low concentrate (30% of concentrate
and 70% of roughage-30C:70R). Animals raised under shade and fed a high concentrate
diet (70C:30R) had greater dry mater intake (1258 g/animal/day) and crude protein
(0.8% of body weight (BW) and 18 g/BW0.75), as well as weight gain
(247 g/animal/day). Air temperature in the afternoon was 30.6oC,
under shade, and 32.1oC, under sun and values of temperature humidity
index(THI), 82.3 and 81.1, respectively. Animals fed more concentrate (70C:30R)
had also higher respiratory frequency (RF), either raised under shade (87 mov/min)
or under the sun (71 mov/min.). Rectal temperature (RT) was higher in the afternoon
(39.1oC) than in the morning (38.9oC), but animals raised
under shade and fed diets with 70% concentrate (70C:30R) had the highest value
of RT (39.3oC). Regardless of type of housing conditions, the animals
that received more concentrate (70C:30R) had greater rectal temperature (39.2oC)
than those fed a diet with less concentrate (30C:70R) (38.8oC). Therefore,
the type of diet influenced the response of the animals to housing conditions.
Moreover, Santa In&s sheep are susceptible to environmental stress because
had lower performance when raised under no shade.
Key words:
environment, heat stress, lambs, performance
Introdu&&o
A intera&&o animal x ambiente deve ser considerada quando se busca maior efici&ncia na explora&&o pecu&ria, pois as diferentes respostas do animal &s peculiaridades de cada regi&o s&o determinantes no sucesso da atividade produtiva. Assim, a correta identifica&&o dos fatores que influem na vida produtiva do animal, como o estresse imposto pelas flutua&&es estacionais do meio-ambiente, permitem ajustes nas pr&ticas de manejo dos sistemas de produ&&o, possibilitando dar-lhes sustentabilidade e viabilidade econ&mica. Dessa forma, o conhecimento das vari&veis clim&ticas, sua intera&&o com os animais e as respostas comportamentais, fisiol&gicas e produtivas s&o preponderantes na adequa&&o do sistema de produ&&o aos objetivos da atividade.
A temperatura do ar & considerada o fator clim&tico com influ&ncia mais importante sobre o ambiente f&sico do animal (McDowell, 1974). Dentro de ampla faixa de temperatura, podem ser definidas zonas t&rmicas que proporcionam maior ou menor conforto ao animal. Os animais, para terem m&xima produtividade, dependem de uma faixa de temperatura adequada, tamb&m chamada de zona de conforto t&rmico, em que n&o h& gasto de energia ou atividade metab&lica para aquecer ou esfriar o corpo. Do ponto de vista de produ&&o, este aspecto reveste-se de muita import&ncia, pelo fato de, dentro desses limites, os nutrientes ingeridos pelos animais serem utilizados exclusivamente para seu crescimento e desenvolvimento (Ba&ta & Souza, 1997).
A umidade atmosf&rica & outra vari&vel que influencia marcantemente o balan&o cal&rico em ambientes quentes em que a perda de calor por evapora&&o & crucial & homeotermia (Young, 1988). Maior press&o de vapor devida & alta umidade do ar conduz & menor evapora&&o da &gua contida no animal para o meio, tornando o resfriamento do animal mais lento. Menor press&o de vapor, por sua vez, proporciona resfriamento do animal mais rapidamente, em decorr&ncia da maior taxa de evapora&&o da &gua atrav&s da pele e do aparelho respirat&rio. Estas duas situa&&es s&o encontradas em climas quente e &mido e quente e seco, respectivamente (McDowell, 1974).
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influ&ncia do estresse ambiental sobre o desempenho produtivo e as respostas fisiol&gicas de ovinos da ra&a Santa In&s em confinamento, alimentados com dietas contendo diferentes n&veis de concentrado.
O presente trabalho
foi conduzido no N&cleo de Pesquisas em Forragicultura do Departamento
de Zootecnia do Centro de Ci&ncias Agr&rias da Universidade Federal
do Cear&, Fortaleza-CE, no per&odo de 20 de outubro a 17 de dezembro
de 1999. O munic&pio de Fortaleza-CE situa-se na zona litor&nea,
a 15,49m de altitude, 3o43'02'' de latitude sul e 38o32'35''
de longitude oeste, apresentando temperaturas m&dias m&nimas e
m&ximas de 23,2&C e 30,2&C, respectivamente, umidade relativa
de 79% e radia&&o solar de 147.592 cal/cm2. O clima
da regi&o de fortaleza-CE, segundo Koepen, & do tipo AW'-Tropical
chuvoso, com chuvas freq&entes no outono. Os dados climatol&gicos
coletados durante o experimento est&o apresentados na .
O ensaio foi desenvolvido em duas etapas, sendo a primeira de avalia&&o do desempenho produtivo e a segunda de avalia&&o de respostas bioclimatol&gicas.
Para o ensaio de desempenho produtivo, foram utilizados quarenta machos inteiros da ra&a Santa In&s com peso m&dio de 19 kg, distribu&dos em quatro tratamentos em um delineamento em blocos casualizados, com cinco repeti&&es, adotando-se um esquema fatorial 2 x 2.
Os fatores estudados foram dois ambientes (sombra e sol) e dois n&veis de ra&&o concentrada (alto e baixo), que constitu&ram os seguintes tratamentos: T1 - animais mantidos & sombra, alimentados com dietas contendo 70% de ra&&o concentrada e 30% T2 - animais mantidos & sombra, alimentados com dietas contendo 30% de ra&&o concentrada e 70% T3 - animais mantidos ao sol, alimentados com dietas contendo 70% de ra&&o concentrada e 30% e T4 - animais mantidos ao sol, alimentados com dietas contendo 30% de ra&&o concentrada e 70% de volumoso.
O ambiente de sombra consistiu de 10 baias de madeira com 2,5 m2 cada, dispostas no sentido leste-oeste e em galp&o coberto com telha de barro e p& direito de 3 metros. No ambiente de exposi&&o ao sol as baias apresentavam as mesmas dimens&es descritas anteriormente, por&m ficavam em &rea gramada, dispostas no sentido norte-sul e foram constru&das com tela de arame com malha de tr&s polegadas e estacas com di&metro m&ximo de sete cent&metros, para se evitar sombreamento.
Como volumoso, utilizou-se feno de capim-elefante, cortado com 50-60 dias de idade e produzido na Fazenda Experimental Vale do Cur&, localizada em Pentecoste-CE. O feno apresentava 96,2% de MS (Mat&ria Seca), 55,5% de NDT (Nutrientes Digest&veis Totais), 6% de PB (Prote&na Bruta), 2,6% EE (Extrato Et&reo) e 73,9% de FDN (Fibra em Detergente Neutro). J& a ra&&o concentrada apresentava 84,5% de NDT, 20% de PB, 4,4% de EE e 22,2% de FDN, sendo composta de 67,3% de milho, 29,8% de farelo de soja, 1,6 de premix mineral, 1,0% de sal comum e 0,3% de premix vitam&nico.
A ra&&o concentrada foi formulada ap&s a an&lise bromatol&gica do feno de capim elefante, segundo metodologia descrita por Silva (1979), visando obter, na dieta com alto teor de ra&&o concentrada, 75% de NDT e 16% de PB (base da mat&ria seca da dieta total). Assim, a dieta total, contendo 70% de concentrado, apresentou 76% de NDT, 15,8% de PB e 37,7% de FDN e aquela contendo 30% de concentrado, 64% de NDT, 10,2% de PB e 58,4% de FDN. As dietas foram formuladas de acordo com o NRC (1985).
Foram avaliados os consumos de MS, PB, FDN e &gua, al&m do ganho de peso m&dio di&rio e convers&o alimentar. Os consumos di&rios foram expressos em g/animal/dia, % do peso vivo (PV) e g/UTM (unidade de tamanho metab&lico= PV0,75).
Para o ensaio de avalia&&o dos par&metros bioclimatol&gicos foram utilizados os mesmos animais do ensaio de desempenho (FASE I). Todavia, foi descartado, por sorteio, um animal de cada baia para se mensurar a temperatura retal e freq&&ncia respirat&ria em menor espa&o de tempo.
Diariamente, durante 17 dias, determinou-se a temperatura retal e a frequ&ncia respirat&ria dos animais, &s 7h e 13h30. Para obten&&o dos dados climatol&gicos representativos dos dois ambientes (sombra e sol), foram instalados abrigos meteorol&gicos nas duas condi&&es, ambos contendo term&metros de bulbo seco e bulbo &mido. A tomada das temperaturas ambientais foi realizada no momento da medi&&o das vari&veis fisiol&gicas.
O &Indice de Temperatura e Umidade (ITU) e a umidade relativa do ar (UR) foram calculados de acordo com metodologia descrita por Ba&ta & Souza (1997).
Os efeitos dos tipos de instala&&o (sol e sombra) e teor de concentrado da dieta sobre as vari&veis dependentes foram avaliados pela an&lise de vari&ncia e pelo teste de m&dia SNK(Student-Newman-Keuls) (SAS, 1996).
Resultados
e Discuss&o
Ensaio de desempenho animal
O consumo de MS,
expresso em g/animal/dia (), foi maior para os animais
mantidos & sombra (P&0,05). Entretanto, n&o se detectou diferen&a
significativa (P&0,05), quando se expressou o consumo em % do peso vivo,
tampouco em g/UTM. A prov&vel justificativa para tal fato & que
o consumo em g/animal/dia n&o leva em considera&&o o peso
corporal dos animais. Como o ganho de peso dos animais mantidos & sombra
foi maior, estes apresentaram maior peso corporal ao longo do experimento e,
obviamente, maior capacidade de ingest&o, quando comparados aos mantidos
ao sol. J& o consumo di&rio expresso em % do peso vivo e em g/UTM
corrige estas distor&&es, pois leva em conta o peso corporal dos
Este resultado est& de acordo com os dados obtidos por Brosh et al. (1998) e Mendes et al. (1976) que n&o encontraram diferen&a significativa no consumo de MS expresso em g/UTM e %PV entre os animais mantidos & sombra e ao sol, independentemente do teor de energia da dieta.
Os animais alimentados
com dieta contendo alto teor de ra&&o concentrada () apresentaram maior consumo de MS que aqueles recebendo dietas com baixo
teor. Isso foi detectado quando o consumo foi expresso em g/animal/dia, n&o
ocorrendo com o consumo expresso em % do peso vivo e g/UTM, provavelmente pelo
mesmo motivo descrito anteriormente.
Para o consumo
de PB expresso em g/animal/dia, n&o se observou diferen&a significativa
() entre os animais mantidos sob as distintas condi&&es
ambientais (sol ou sombra). No entanto, quando o mesmo foi expresso em % do
peso vivo e em g/UTM, foram observadas diferen&as significativas (P&0,05).
Estes resultados s&o opostos aos obtidos para consumo de MS, em que se observou maior consumo quando expresso em g/animal/dia e similaridade para os consumos expressos em % peso vivo e g/UTM. Como pode-se observar, os animais tenderam a corrigir o consumo de MS, por&m tal comportamento n&o foi suficiente para ajustar o n&vel de ingest&o de nutrientes como a PB. Existe ainda a possibilidade de o estresse ambiental sofrido pelos animais expostos ao sol provocar altera&&o na seletividade do alimento e, dessa forma, impedir que os mesmos selecionassem uma dieta de melhor qualidade.
O consumo de PB
diferiu significativamente entre os animais alimentados com dietas variando
o teor de ra&&o concentrada (), independentemente
da condi&&o de instala&&o, sendo que os animais
alimentados com alto teor de concentrado apresentaram maior m&dia de
consumo de PB. A justificativa para tanto s&o os diferentes teores de
PB das dietas totais com alto e baixo teor de ra&&o concentrada,
que apresentaram n&veis prot&icos de 15,8 e 10,2% de PB respectivamente.
Para o consumo
de FDN expresso em g/animal/dia, % do peso vivo e g/UTM nas duas condi&&es
ambientais (), n&o foram observadas diferen&as
significativas (P&0,05). Estes resultados n&o confirmam a tend&ncia
dos animais em reduzir o consumo de forragem, quando submetidos ao estresse
ambiental registrada por Bhattacharya & Hussain (1974), que seria reflexo
do consumo de FDN.
Quando expresso
em g/animal/dia, o consumo de FDN dos animais alimentados com alto e baixo teor
de ra&&o concentrada na dieta () n&o
apresentou diferen&a significativa (P&0,05). No entanto, quando expresso
em % do peso vivo e em g/UTM, foi observada diferen&a significativa,
em que os animais alimentados com dietas contendo alto teor de concentrado apresentaram
maior consumo (P&0,05).
Segundo Van Soest (1982), quando os animais se alimentam de dietas de menor valor nutricional, tendem a aumentar o consumo de FDN (%PV e g/UTM) para compensar a baixa disponibilidade de energia da dieta. Neste caso, fica claro que os animais consumiram alto volume de fibra em detergente neutro para compensar a menor qualidade da dieta.
Os animais mantidos
& sombra apresentaram consumo de &gua significativamente menor
(P&0,05), que aqueles mantidos expostos & radia&&o solar
direta (). Este fato ocorreu, provavelmente, como
resposta & alta taxa de evapora&&o de &gua dos tecidos
do animal, conseq&&ncia das trocas de calor entre o animal e o ambiente.
Os resultados est&o de acordo com os registrados por Bhattacharya & Hussain (1974), Souto et al. (1990), Costa et al. (1992) e Padua & Silva (1996), que observaram incremento no consumo de &gua, com o aumento da temperatura atmosf&rica.
O teor de ra&&o
concentrada na dieta tamb&m exerceu efeito sobre o consumo de &gua
pelos animais (). Em raz&o de a dieta de
alta energia ter proporcionado maior consumo de MS e de o consumo de &gua
ter correla&&o positiva com o consumo de mat&ria seca,
os dados coletados no presente trabalho confirmaram essa tend&ncia.
J& Mendes et al. (1976) observaram aumento no consumo de &gua, devido ao aumento na temperatura ambiental, n&o se observando diferen&a significativa, em raz&o do efeito do n&vel de energia da dieta, diferindo dos resultados encontrados no presente trabalho. Outro registro que diferiu dos observados no presente trabalho foi o de Brosh et al. (1998), que observaram diferen&a significativa, devido ao efeito do n&vel de energia da dieta, mas n&o a verificou devido ao aumento da temperatura ambiente.
Os animais mantidos
& sombra apresentaram ganho de peso (174 g/dia) aproximadamente 30% maior
(P&0,05) que aqueles mantidos recebendo radia&&o solar direta
(122 g/dia) (), destacando a import&ncia da
instala&&o coberta (sombreamento) para se alcan&ar boa
produtividade animal. Vale ressaltar que os maiores ganhos de peso foram obtidos
com animais alimentados com dietas contendo alto teor de concentrado e mantidos
& sombra (247 g/dia). Isso demonstra que mesmo animais de ra&as
nativas, como a Santa In&s, necessitam de um m&nimo de conforto
ambiental para maximiza&&o da produ&&o.
Esses resultados diferem dos encontrados por Padua & Silva (1996) e Dixon et al. (1999), que n&o observaram diferen&as significativas (P&0,05) entre os ganhos de peso, devido ao efeito do ambiente. No entanto, est&o de acordo com os resultados encontrados por Huertas et al. (1974) e Ames & Brink (1977).
Os animais alimentados
com dietas contendo alto teor de ra&&o concentrada apresentaram
ganho de peso significativamente maior (P&0,05) ()
que os alimentados com dietas de baixo teor. Tal resultado era esperado, pois
as dietas com baixo teor de ra&&o concentrada n&o atendiam
&s exig&ncias nutricionais m&nimas dos animais (NRC, 1985).
Par&metros bioclimatol&gicos e fisiol&gicos
de temperatura ambiente, umidade relativa do ar e &ndice de temperatura
e umidade observadas durante o ensaio bioclimatol&gico, nos per&odos
da manh& e da tarde e nas duas condi&&es de instala&&o
testadas, s&o descritas na .
Os valores de temperatura ambiente encontrados superaram a temperatura cr&tica de 24 e 27oC, para a maioria das esp&cies, segundo Fuquay (1981). Tal fato ocorreu durante a manh& para a condi&&o de exposi&&o direta & radia&&o solar e pela tarde, tanto para as baias & sombra como para as baias ao sol. Quando comparados aos valores obtidos por Alexander & Williams (1961), citados por Hassanin (1996), que apontam valores de 25 a 30oC como a temperatura ideal para cordeiros, observou-se que as temperaturas encontradas superaram os valores de temperatura de conforto durante a tarde, sendo que as baias protegidas da radia&&o solar direta superaram este limite em apenas 0,6oC.
Com rela&&o
ao ITU, os valores encontrados demonstram que nas duas condi&&es
ambientais (sol ou sombra) os animais foram submetidos a algum n& na sombra, provavelmente devido & condi&&o
de alta umidade, e no sol, devido & alta carga t&rmica recebida.
Comparando com os valores de ITU apresentados por Hahn (1985), citado por Barbosa
(1995)(), observou-se que, durante a manh&,
os animais mantidos & sombra estiveram dentro do limite cr&tico
e os mantidos ao sol, em zona de perigo. Durante a tarde, tanto as baias mantidas
ao sol quanto as mantidas & sombra estiveram dentro da faixa de perigo.
Destaca-se ainda que os animais mantidos ao sol durante o per&odo da
tarde n&o alcan&aram a zona de emerg&ncia por apenas 0,7
(ITU & 83), portanto em condi&&o de elevado estresse.
J& a freq&&ncia
respirat&ria dos animais mantidos & sombra e alimentados com dietas
com alto teor de ra&&o concentrada foi superior (P&0,05) &
freq&&ncia respirat&ria daqueles alimentados com dietas contendo
baixo teor de ra&&o concentrada em ambos ambientes estudados.
No entanto, n&o se observou diferen&a (P&0,05) entre os animais
alimentados com dietas com alto teor de ra&&o concentrada, quando
mantidos ao sol ou & sombra ().
Para as dietas com baixo teor de ra&&o concentrada, observou-se diferen&a significativa (P&0,05) entre as duas condi&&es ambientais, sendo que os animais alimentados com essas dietas e mantidos ao sol apresentaram freq&&ncia respirat&ria superior &queles alimentados com a mesma dieta, por&m mantidos & sombra. Provavelmente, os animais mantidos & sombra e alimentados com dietas contendo alto teor de ra&&o concentrada apresentaram maior freq&&ncia respirat&ria, como resultado do n&vel de energia da dieta e do alto consumo de mat&ria seca pelos animais, proporcionando elevado incremento cal&rico, o que n&o ocorreu com os animais mantidos & sombra e alimentados com dieta contendo baixo teor de ra&&o concentrada.
Com rela&&o aos animais mantidos ao sol, a justificativa para os valores encontrados & o n&vel de estresse ao qual foram submetidos, pois n&o se mostraram capazes de dissipar toda a carga cal&rica recebida no dia anterior. Deve-se destacar ainda que o elevado consumo de MS, com certeza, aumentou o incremento cal&rico e acentuou o estresse dos animais. Por outro lado, os animais mantidos & sombra e alimentados com dieta com baixo teor de ra&&o concentrada, pela condi&&o ambiental e pelo consumo de uma dieta que n&o proporcionou incremento cal&rico significativo, n&o tiveram a freq&&ncia respirat&ria elevada significativamente (P&0,05). Estes resultados diferiram dos encontrados por Bhattacharya & Hussain (1974), que observaram aumento mais pronunciado na atividade respirat&ria dos animais sob estresse e alimentados com alta propor&&o de volumoso na dieta (75%).
Os animais mantidos
ao sol apresentaram os maiores valores de freq&&ncia respirat&ria
durante a tarde, independentemente do teor de ra&&o concentrada
da dieta, resultado justificado pela alta carga cal&rica recebida durante
o dia (). A freq&&ncia respirat&ria
dos animais mantidos ao sol pela manh& foi semelhante & freq&&ncia
dos mantidos & sombra durante os per&odos da manh& e da
tarde, independentemente do teor de ra&&o concentrada da dieta.
Tal semelhan&a se justifica pelo fato de, durante o per&odo da
manh&, os animais mantidos ao sol ainda n&o terem sido submetidos
& alta carga cal&rica, sendo tal n&vel de estresse referente
ao incremento cal&rico proporcionado pelas dietas.
Os animais mantidos
& sombra apresentaram temperatura retal m&dia superior aos animais
mantidos ao sol, independentemente da dieta fornecida e do per&odo de
coleta dos dados, provavelmente devido ao efeito do incremento cal&rico
proporcionado pela dieta e do alto n&vel de consumo de mat&ria
seca (1062 g/animal/ ). Este resultado diferiu
do encontrado por Souto et al. (1990), que observaram diferen&a significativa
na temperatura retal dos animais mantidos em condi&&es ambientais
diferentes, recebendo dietas de composi&&es diferentes.
Os animais alimentados
com dieta contendo alto teor de ra&&o concentrada apresentaram
temperatura retal significativamente maior (P&0,05), independentemente da
condi&&o de instala&&o e do per&odo de coleta
dos dados, confirmando o alto incremento cal&rico proporcionado pela
A eleva&&o
da temperatura ambiente no decorrer do dia exerceu efeito sobre a temperatura
retal dos animais, de forma que, durante o per&odo da tarde, o valor
m&dio foi significativamente superior (P&0,05) ao da manh&,
independentemente da condi&&o de instala&&o e da
dieta fornecida ().
A partir dos resultados encontrados, observa-se que a temperatura retal n&o foi uma vari&vel sens&vel para detec&&o de estresse ambiental tanto quanto o foi a freq&&ncia respirat&ria, pois n&o foram encontradas diferen&as significativas entre as combina&&es das vari&veis (condi&&o de instala&&o x teor de ra&&o concentrada da dieta x per&odo de coleta dos dados). Esta observa&&o est& de acordo com os estudos de Kaushish & Sahni (1975), que registraram maior sensibilidade da freq&&ncia respirat&ria &s oscila&&es t&rmicas, e os de Bhattacharya & Uwayjan (1975), que tamb&m n&o registraram diferen&as significativas para temperatura retal dos animais mantidos em condi&&es de temperatura e umidade semelhantes ao do presente trabalho. No entanto, no caso do presente experimento, outra justificativa para tal fato est& associada ao fato de a avalia&&o de desempenho produtivo ter sido realizada antes do ensaio bioclimatol&gico, possibilitando um per&odo de aclimata&&o dos animais, o que possivelmente influenciou o comportamento animal, n&o se permitindo detectar intera&&o.
J& Dixon et al. (1999) encontraram diferen&a significativa entre as temperaturas retais m&dias dos animais mantidos em diferentes condi&&es ambientais e alimentados com dietas contendo v&rios n&veis de ra&&o concentrada, diferindo dos resultados encontrados no presente ensaio, que n&o registraram diferen&a significativa entre as combina&&es das vari&veis.
Os valores de temperatura retal encontrados foram semelhantes aos destacados por Singh & Acharya (1977) e inferiores aos valores de frequ&ncia respirat&ria, sob condi&&o ambiental mais estressante. Resultados semelhantes foram observados por Hopkins (1978) e por Gupta & Acharya (1987). A temperatura retal encontrada por Brown (1971) foi superior & registrada nos ovinos avaliados no presente trabalho.
Souza et al. (1990) registraram valores semelhantes para temperatura retal, por&m menores para frequ&ncia respirat&ria, em ovinos da ra&a Santa In&s.
Semelhantemente aos resultados obtidos por Brosh et al. (1998), as frequ&ncias respirat&rias nos dois per&odos do dia e as temperaturas retais durante a manh&, sofreram efeito do n&vel de energia da dieta e da condi&&o de instala&&o. Isto s& n&o foi verificado com a temperatura retal durante a tarde, pois esta n&o sofreu efeito de ambos os fatores.
Conclus&es
Os animais da ra&a Santa In&s mostraram-se sens&veis ao estresse ambiental, uma vez que apresentaram menor desempenho produtivo quando mantidos ao sol, n&o atingindo o ganho de peso m&ximo, mesmo se alimentados com dietas com alta concentra&&o de nutrientes.
O clima tropical quente e &mido, caracter&stico da regi&o litor&nea do Cear&, proporciona condi&&es cr&ticas para o conforto dos animais, evidenciadas pelos valores do &ndice de temperatura e umidade, embora a presen&a de sombra nas instala&&es possa amenizar estes efeitos.
O tipo de dieta influenciou de forma significativa a susceptibilidade dos animais ao estresse causado por essas condi&&es ambientais. Portanto, mesmo no caso de animais deslanados de ra&as origin&rias de regi&es tropicais, como a Santa In&s, as intera&&es entre tipo de alimento, consumo, ambiente e par&metros fisol&gicos devem ser determinadas, a fim de que o desempenho dos animais n&o seja prejudicado.
Literatura
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Recebido em:
em: 08/09/03
Parte da disserta&&o apresentada pelo segundo autor para a conclus&o
do curso de Mestrado em Zootecnia - UFC, parcialmente financiada pela FUNCAP.}

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